quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A FMPBU é notícia novamente

Na semana que antecedeu o dia 07 de setembro a Frente dos Moradores Prejudicados da Bacia do Una ganhou destaque em meios de comunicação da capital paraense.

A TV Nazaré, no jornal Nazaré Notícias do dia 05 de setembro de 2014, mostrou o envolvimento da FMPBU com a organização do XX Grito dos Excluídos em Belém e com o Pré-Grito. 

Neste evento a FMPBU discutiu a omissão do Poder Público em relação à manutenção do Projeto Una - o que acarretou ao longo dos anos em desnecessários alagamentos pelos 20 bairros que compõem a Bacia do Una - e também questionou o marasmo do Ministério Público diante do Processo de nº 0014371-32.2008.814.0301, relativo à Ação Civil Pública Ambiental, ajuizada pelo referido Órgão Ministerial (3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Cultural, Habitação e Urbanismo de Belém), onde a Prefeitura Municipal de Belém, a Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA e o próprio Estado do Pará, respondem desde o dia 16 de abril de 2008 ao MM. Sr.Juiz de Direito, Dr. Marco Antônio Lobo Castelo Branco, (Titular da 2ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital), pela “Obrigação de Fazer” a execução das várias obras complementares de Microdrenagem que ficaram pendentes espalhadas pelas 7 Sub-bacias e a manutenção periódica do conjunto de obras executadas pelo Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una, agrupado em três grandes sistemas: Saneamento, Viário e Macrodrenagem (17 canais, 6 galerias e 2 comportas).


Confira a reportagem (20' a 26'30s no cursor do vídeo):





Outro meio de comunicação que deu espaço para a FMPBU foi o Jornal Amazônia do dia 06 de setembro de 2014, já após o Pré-Grito ocorrido no dia 05. A reportagem da página 08 trata das reivindicações de obras para a revitalização da Bacia do Una e apresenta uma nota de resposta da Prefeitura de Belé.


Confira a reportagem na íntegra (clique na imagem para ampliá-la):





terça-feira, 2 de setembro de 2014

O "Pré-Grito" dos excluídos 2014: sobre a necessidade de não esquecer o que é reivindicado




As inundações em Belém, ao invés de se constituírem como catástrofes do ponto de vista da salubridade ambiental, da administração urbana e da apatia do poder judiciário, acabam sendo incorporados como parte do cotidiano e da sina inevitável daquelas pessoas que por alguma razão construíram sua vida nas áreas baixas da cidade. "É normal" - costumamos ouvir dizer de técnicos, políticos e representantes do poder judiciário. Só que não é normal. Vamos repetir: não é normal. Não depois de um investimento da ordem de 312 bilhões de dólares como a Macrodrenagem da Bacia do Una.

Falar que Belém alaga durante o inverno (e também no verão, como já pudemos notar) é chover no molhado, com o perdão do trocadilho. Isso todo mundo já sabe. Porém, os tempos do verão amazônico (quando os prejuízos das chuvas são menores) e os tempos das eleições fazem com que parcela da população belemense perca de vista a triste realidade da Bacia do Una e de outros lugares em Belém que parecem com as inundações na época das chuvas. Mas o inverno sempre retorna.

Já não surte nenhum efeito falar das chuvas e de seus prejuízos. O mais importante agora é engajar-se em um debate qualificado sobre as questões estruturais que são obstáculos à resolução do problema das inundações de Belém, sobretudo na Bacia do Una, a saber: a irresponsabilidade e omissão do poder público nos âmbitos municipal e estadual, o silêncio das organizações populares responsáveis por fiscalizar as obras da Bacia do Una e a má vontade do Poder Judiciário e do Ministério público em levarem adiante as denúncias que já foram realizadas por cidadãos da Bacia do Una.

Os cidadãos da Bacia do Una identificam-se em 2014 ao XX Grito dos Excluídos por verem seus direitos à moradia digna, à saúde pública, ao ir e vir, ao saneamento básico, à justiça e à dignidade humana sumariamente suspensos a cada ano que passa.